A reeleição de Mendes ocorreu após um período conturbado no início do mês, quando foi afastado do cargo pelo Judiciário a pedido do deputado estadual Leonardo Siqueira (Novo-SP). A ação popular alegava que a nomeação de Mendes feria regras previstas na Lei das Estatais, porém, a Advocacia-Geral da União conseguiu reverter a decisão judicial dias depois.
Além de Mendes, a assembleia geral manteve outros quatro membros indicados pelo governo no Conselho de Administração da Petrobras: Jean Paul Prates, Bruno Moretti, Vitor Saback e Renato Gallupo. O governo ainda obteve sucesso na eleição de Rafael Dubeux, secretário-executivo adjunto do Ministério da Fazenda, preservando assim a composição majoritária do conselho.
Entre os representantes reeleitos pelos acionistas minoritários estão Juca Abdalla, Marcelo Gasparino e Francisco Petros. Um novo membro, Jerônimo Antunes, foi escolhido pelos detentores de ações preferenciais para ocupar a vaga deixada por Marcelo Mesquita, que não poderia mais concorrer por já ter cumprido dois mandatos.
Antes da eleição, a assembleia aprovou a distribuição de R$ 21,95 bilhões em dividendos aos acionistas, referente a 50% do valor dos dividendos extraordinários. Essa decisão foi precedida por uma retenção de 100% dos dividendos extraordinários em março, o que gerou uma baixa nas ações da Petrobras e discussões políticas.
O Conselho de Administração da Petrobras, composto por 11 integrantes, é o órgão responsável pelas decisões estratégicas da companhia. Com a reeleição de Pietro Mendes e a manutenção da composição majoritária do governo no conselho, a Petrobras segue seu curso sob a liderança de uma nova gestão.