De acordo com o BCE, a maioria das medidas de inflação subjacente está desacelerando, assim como o crescimento dos salários, que também apresenta uma desaceleração gradual. No primeiro trimestre, a economia da zona do euro permaneceu fraca, embora os gastos em serviços tenham mostrado maior resistência.
A previsão é de que a inflação se mantenha nos níveis atuais nos próximos meses, com a expectativa de recuar para a meta de 2% no próximo ano. O BCE aponta para fatores como o crescimento mais fraco dos custos trabalhistas, os efeitos da política monetária restritiva e a diminuição do impacto da crise de energia e da pandemia como elementos que contribuirão para esse cenário.
Em relação aos riscos para o crescimento econômico, o BCE alerta que estes continuam sendo predominantemente negativos. Questões como a intensificação das tensões geopolíticas no Oriente Médio podem elevar os preços da energia e os custos de transporte no curto prazo, afetando o cenário global. Por outro lado, o desempenho da inflação pode ser mais baixo do que o esperado se houver uma piora inesperada no ambiente econômico mundial ou na demanda.
O banco central também observou o recente aumento nos preços do petróleo e do gás, destacando que a demanda por gás na Europa tem sido historicamente baixa devido à fraqueza em setores intensivos nesse insumo. No entanto, ressaltou a importância de monitorar de perto esses movimentos e seus possíveis impactos na economia europeia.
Portanto, o BCE permanece atento aos diversos fatores que podem influenciar a trajetória da economia da zona do euro e reafirma seu compromisso em adotar as medidas necessárias para garantir a estabilidade econômica da região.