Essas acusações geraram polêmica, com alguns negando qualquer vínculo antissemita nas manifestações e denunciando tentativas de cerceamento da liberdade de expressão. A situação se agravou com a detenção de uma centena de estudantes em universidades de Nova York, em operações policiais solicitadas pelas autoridades acadêmicas. A controvérsia chegou a tal ponto que duas presidentes de universidades renunciaram aos seus cargos meses antes, após acusações de omissão na luta contra o antissemitismo.
A guerra em Gaza teve início em 7 de outubro, quando comandos islamistas provocaram a morte de 1.170 pessoas no sul de Israel, a maioria delas civis. Em retaliação, Israel lançou uma operação militar que resultou em 34.262 mortes até o momento, a maioria delas também civis, de acordo com informações do Ministério de Saúde do território, que é governado pelo movimento islamista Hamas.
O conflito entre Israel e o Hamas gerou repercussões em todo o mundo, levando a debates políticos, sociais e acadêmicos. Nas universidades americanas, o embate entre os que defendem a liberdade de expressão e os que denunciam atos antissemitas demonstra a complexidade e a sensibilidade do tema. Enquanto o conflito armado continua em Gaza, dentro das universidades a batalha ideológica também se acirra, refletindo um cenário de tensão e confronto que ultrapassa as fronteiras físicas e geográficas.