Mesmo com a expansão das faixas azuis exclusivas para motociclistas, a tendência de aumento nas mortes tem se mantido. As faixas azuis se tornaram a principal aposta do prefeito Ricardo Nunes para reduzir o número de mortes no trânsito. A cidade contava com cerca de 90 quilômetros de faixas azuis demarcadas em dez avenidas até o final de dezembro do ano passado, sendo a maioria implementada após setembro.
O aumento alarmante de mortes envolvendo motociclistas vem sendo observado desde novembro do ano passado, com um total de 56 motoristas e passageiros de motocicletas perdendo a vida em acidentes em dezembro. Esse número representa um aumento significativo de 50% em relação a dezembro de 2022.
A faixa azul, apesar de não estar prevista no Código Nacional de Trânsito e estar em fase de testes, tem sido apontada como uma medida eficaz na redução do número de mortes de motociclistas nas vias onde foi implementada. A gestão de Ricardo Nunes pretende ampliar as faixas em 200 quilômetros até o final deste ano.
A prefeitura de São Paulo afirmou que tem implementado diversas medidas para evitar acidentes de trânsito e reduzir o número de vítimas, destacando a importância da faixa azul. Além disso, proibiu a circulação de motos nas pistas expressas das marginais, implantou e reformou 12 mil faixas de pedestres e aumentou o tempo de travessia para garantir a segurança de todos os usuários das vias.
O aumento das mortes no trânsito não se restringe apenas aos motociclistas, afetando também pedestres, ciclistas e motoristas de outros veículos. Esse cenário desafiador tem levado especialistas a pedir ações imediatas por parte do governo para conter o crescimento alarmante de mortes nas estradas. Medidas como o reforço na fiscalização, tanto eletrônica quanto com policiais nas rodovias, e a revisão dos limites de velocidade são apontadas como essenciais para garantir a segurança viária.
