Ministra da Saúde enfrenta pressão do centrão e críticas pela gestão dos recursos em meio a epidemia de dengue e crise nos hospitais.

O Ministério da Saúde encontra-se em meio a uma crise, com críticas direcionadas à ministra Nísia Trindade. Um dos principais desafios enfrentados por ela é a pressão do centrão, que busca uma parcela cada vez maior do orçamento da Saúde. Em março, o ministério respondeu a questionamentos do presidente da Câmara, Arthur Lira, e de seus aliados, afirmando que utiliza critérios técnicos na distribuição dos recursos.

O presidente Lula tem apoiado a permanência de Nísia, no entanto, cobrou um desempenho melhor por parte da ministra. Após uma reunião ministerial, ela respondeu com a demissão de parte do alto escalão da pasta, em uma tentativa de reestruturação.

Diversos problemas têm contribuído para a fragilização da posição da ministra, como a epidemia de dengue, que já causou mais de 1.300 mortes neste ano, superando o total de fatalidades em 2023. Além disso, a crise nos hospitais federais do Rio de Janeiro e a morte de 363 indígenas yanomamis no ano passado também representam grandes desafios para a pasta.

O Ministério da Saúde alega ter aumentado os gastos com campanhas de prevenção contra a dengue em 2024 e ter realizado ações para conter a epidemia. Sobre as mortes yanomamis, afirma que os dados de 2022 estavam subnotificados.

O programa Café da Manhã da Folha entrevistou o colunista Bruno Boghossian e o infectologista André Siqueira, que discutiram as polêmicas envolvendo a pasta da Saúde e analisaram as medidas adotadas para enfrentar os desafios atuais na área da saúde pública.

O episódio, veiculado no Spotify, plataforma de streaming de áudio, abordou também as críticas à atuação da ministra Nísia e os desafios históricos da gestão da Saúde no Brasil. O Café da Manhã é um programa diário apresentado pelas jornalistas Gabriela Mayer e Magê Flores, com produção de Carolina Moraes, Lucas Monteiro e Victor Lacombe, e edição de som por Thomé Granemann.

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