A ação policial teve como foco as cidades de Uberlândia, Tupaciaguara e Ituiutaba, no Triângulo Mineiro, bem como os presídios de Minas Gerais e São Paulo. Os alvos dessa operação são acusados de diversos crimes, como organização criminosa, associação para o tráfico, tráfico ilícito de entorpecentes e entrada de celulares nos presídios.
As investigações que culminaram nessa operação do Gaeco tiveram início após a descoberta de que membros do PCC, que estavam detidos no Presídio Professor Jacy de Assis, em Uberlândia, teriam recebido drogas e celulares dentro da unidade prisional. Além disso, planejavam executar um Policial Penal.
Durante a incursão nas celas do chamado “Pavilhão do PCC”, os agentes encontraram celulares, anotações com informações sobre integrantes da facção criminosa e detalhes sobre a atuação do grupo dentro do presídio. Foi constatado que os presos do PCC conseguem manter contato com membros que estão em liberdade, dando ordens para a prática de crimes e movimentação de valores da facção.
Descobriu-se também que os presos são submetidos a um rígido controle da facção, com divisão em núcleos específicos para diferentes funções, como esporte, tabacaria, caixa do jogo do bicho, disciplina, entre outros. Essas práticas servem para consolidar o poder da organização criminosa dentro do sistema prisional.
A operação contou com a participação de quatro promotores de Justiça, dois delegados da Polícia Civil, 20 policiais, 30 policiais militares, 21 agentes do Gaeco e o apoio da Polícia Penal. Um helicóptero e 27 viaturas foram utilizados durante a ação, que teve como objetivo desarticular as atividades ilícitas do PCC na região.