A estrutura de chumbo que sustentava as peças sofreu trincas, fissuras e rachaduras devido a abalos causados por obras da linha 6-laranja do metrô. A Faap acionou a concessionária LinhaUni, responsável pelo canteiro, e obteve aproximadamente R$ 500 mil para custear os reparos. Os trabalhos de restauração começaram em fevereiro, incluindo a troca da estrutura danificada de chumbo e o restauro de todos os vitrais, sob a supervisão do restaurador Antônio Sarasá.
O processo de reparo dos vitrais é minucioso e delicado. Cada criação é retirada e desmontada, sendo lavada com produtos especiais para preservar a pintura original. O reparo de um vitral pode levar até dois dias, dependendo da complexidade da composição. A presidente do conselho de curadores da Faap, Celita de Carvalho, ressalta a importância da restauração, afirmando que os vitrais são de valor inestimável e representam um compromisso em zelar pelo patrimônio artístico e cultural da fundação.
Das 59 produções, 22 estão prontas para voltar à exibição, incluindo obras de Lasar Segall e Tomie Ohtake. A natureza vibrante de Tarsila do Amaral e a negritude expressionista de Di Cavalcanti ainda aguardam pela atenção da equipe de manutenção. O painel da Faap deve estar pronto até o dia 25, já que em maio está prevista uma exposição de Salvador Dalí no Museu de Arte Brasileira. A história por trás dos vitrais revela a importância do trabalho de Conrado Sorgenicht, considerado o papa dos vitralistas brasileiros, e sua contribuição para a arte no país.