Justiça determina que Dasa pare de usar marca Delboni em laboratórios de medicina diagnóstica, após decisão em processo aberto pela viúva.

A Justiça paulista determinou que a empresa Dasa (Diagnósticos da América S.A) pare de utilizar a marca Delboni em seus laboratórios de medicina diagnóstica. A decisão foi tomada em um processo movido pela artista plástica Amanda Delboni, viúva do médico Humberto Delboni Filho, um dos fundadores da rede de laboratórios Delboni Auriemo.

Segundo os registros do processo, em 1999, o médico Delboni Filho vendeu sua participação na empresa para seu sócio, o médico Caio Roberto Auriemo, com a condição de que o nome “Delboni” deixasse de ser utilizado como marca da empresa após 20 anos. O prazo finalizou em 2019, mas a Dasa continuou usando a marca.

O advogado que representa a viúva, Marcelo Vilar dos Santos, argumentou que a Dasa está violando o contrato estabelecido entre Delboni e Auriemo ao continuar utilizando o nome. Por sua vez, a Dasa defendeu-se afirmando que a retirada do nome “Delboni” da razão social da empresa ocorreu em 2000, e que a ação movida pela viúva busca apenas obter uma quantia financeira significativa da empresa.

A empresa também alega que o prazo para questionar o uso da marca Delboni já prescreveu e que o público consumidor não associa mais o nome ao Dr. Humberto Delboni. No entanto, a juíza Marina Dubois Fava não aceitou esses argumentos e emitiu sentença determinando que a Dasa cesse o uso da marca.

A Dasa ainda tem a opção de recorrer da decisão. Esta disputa judicial destaca a importância do cumprimento de contratos e do respeito às condições estabelecidas entre os sócios de uma empresa. A viúva Amanda Delboni busca garantir o respeito aos termos acordados anteriormente, enquanto a Dasa argumenta que a associação da marca ao nome do Dr. Humberto Delboni já se desvinculou há anos. A decisão final caberá ao judiciário, que avaliará os argumentos de ambas as partes.

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