O relatório destacou que, embora os investidores busquem ações de distribuidoras de energia devido ao seu fluxo de caixa estável e à estabilidade regulatória recente, o cenário no Brasil vem se deteriorando rapidamente. Um dos principais pontos de preocupação mencionados no relatório foi o congelamento da tarifa de energia no Amapá, que surpreendeu o mercado ao ser aprovado por uma pequena margem na reunião da Aneel.
Além disso, o relatório apontou para a persistente interferência política no setor, exemplificada pelo aumento de subsídios na tarifa de energia promovido pelo Congresso. Esses eventos levantaram bandeiras amarelas para os investidores, especialmente considerando que o Brasil já tem uma das tarifas de energia mais elevadas do mundo, apesar de ter uma matriz energética barata.
Outro ponto de preocupação indicado no relatório foi a renovação das concessões de distribuição de energia, que afetará 19 empresas do setor entre 2026 e 2031. A falta de definição das regras para essa renovação e o aumento do risco regulatório e político no país levantaram temores de instabilidade no setor.
Diante desse cenário, o UBS alertou que as empresas que estão no ciclo de renovação das concessões também podem ser impactadas negativamente. As incertezas em torno desse processo e das interferências políticas no setor elétrico brasileiro representam grandes desafios para as distribuidoras de energia e seus investidores. O futuro do setor permanece incerto, e as decisões políticas e regulatórias terão um papel fundamental na estabilidade e no desenvolvimento do mercado de distribuição de energia no Brasil.