De acordo com o Serviço de Mudanças Climáticas do Copernicus, a temperatura média em março deste ano foi 1,68°C acima de um março típico no período pré-industrial (1850-1900). Esse quadro alarmante reflete o panorama global de aquecimento que o planeta tem enfrentado nos últimos meses, com grandes extensões do planeta experimentando temperaturas acima da média, desde a África até a Antártida.
A subdiretora do C3S, Samantha Burgess, destacou a gravidade da situação, apontando que além de ser o décimo mês consecutivo de recorde de calor, também marca a conclusão do período de 12 meses mais quente da história, com a temperatura média 1,58°C acima das médias pré-industriais.
Esses dados alarmantes evidenciam a urgência da questão climática e a necessidade de ações mais efetivas para combater o aquecimento global. O Acordo de Paris estabeleceu um limite de aquecimento de 1,5°C, entretanto, já se vislumbra que esse limite possa ser ultrapassado em breve.
Além disso, novos recordes foram registrados na superfície dos oceanos em março, com temperaturas chegando a 21,07°C, exceto nas áreas próximas aos polos. Isso significa um aumento na ameaça à vida marinha e o potencial para condições meteorológicas mais extremas, como ventos fortes e chuvas torrenciais.
A cientista Burgess ressalta que, apesar do fenômeno El Niño enfraquecer em março, as previsões para os próximos meses continuam indicando temperaturas acima da média. Diante dessa realidade, é provável que mais recordes sejam quebrados nos próximos meses, alertando para a urgência de ações globais para combater as mudanças climáticas.
