Alinhamento do Paraguai com os EUA na ONU em votações sobre a situação palestina gera polêmica entre países sul-americanos e israelenses

Na última semana, o Conselho de Direitos Humanos da ONU foi palco de intensos debates sobre a situação palestina, com quatro resoluções em pauta. Nesse contexto, o Brasil, sob a liderança de Lula, surpreendeu ao romper com o posicionamento de Bolsonaro e apoiar a causa palestina, chegando até mesmo a patrocinar textos que denunciavam a ação de colonos israelenses e defendiam a autodeterminação do povo palestino.

Por outro lado, o presidente Santiago Peña, do Paraguai, alinhou-se aos Estados Unidos durante as negociações para a abertura do mercado norte-americano para a carne do país. Além disso, o Paraguai também mostrou apoio ao projeto de fortalecer a hidrovia com a Argentina de Milei.

Durante os debates, a Argentina se destacou ao fazer a defesa vocal dos israelenses, enquanto o Paraguai se posicionou ao lado dos EUA, votando contra todas as resoluções que poderiam impactar os israelenses. Em uma resolução que pedia responsabilização de Israel por crimes de guerra e contra a humanidade, o governo Milei apoiou Benjamin Netanyahu, juntamente com apenas cinco outros governos.

Uma resolução tradicional na ONU, que fala do direito dos palestinos à autodeterminação, viu a Argentina optar pela abstenção, não apoiando o projeto. Neste caso, a resolução foi patrocinada pelo Brasil. A delegação argentina usou argumentos alinhados com as autoridades israelenses, defendendo que o foco internacional deveria ser o grupo Hamas.

Em um cenário marcado por intensas divergências, as posições assumidas por cada país refletem as complexas relações geopolíticas em jogo e a importância das decisões tomadas no âmbito internacional.

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