A preocupação dos cientistas aumenta à medida que a influenza H5N1 se espalha na vida selvagem e ameaça dizimar espécies de pinguins e outros animais na região remota do continente antártico. Desde sua chegada à América do Sul em 2022, o vírus tem se propagado de forma agressiva e alcançou a Antártida, onde o primeiro caso de H5N1 foi confirmado em fevereiro deste ano.
“É inquietante o impacto potencial que essa doença pode ter na vida selvagem já afetada por questões como mudanças climáticas e outros estresses ambientais”, afirmou Meagan Dewar, bióloga de vida selvagem da Federação Universitária. Durante a expedição, Dewar e sua equipe encontraram pinguins-de-adélia mortos na ilha Heroína, cobertos de neve e congelados em temperaturas abaixo de zero.
A descoberta da cepa H5 da gripe aviária na península antártica e em ilhas próximas acende um alerta para as cerca de 20 milhões de casais de pinguins que se reproduzem na Antártida anualmente. Os pinguins-imperadores, em particular, estão em risco de extinção devido ao derretimento do gelo marinho causado pelas mudanças climáticas. Em 2022, milhares de filhotes de pinguim-imperador morreram afogados devido a esse fenômeno.
Com o potencial de uma nova ameaça representada pela gripe aviária, os cientistas temem que os pinguins-imperadores possam enfrentar perigos adicionais na próxima primavera. A investigação sobre a causa das mortes de pinguins na Antártida está em andamento, e laboratórios estão analisando amostras para obter respostas nos próximos meses.
A situação dos pinguins na Antártida é preocupante e requer medidas urgentes para proteger essas espécies vulneráveis de uma possível epidemia de gripe aviária que poderia trazer ainda mais devastação para a já fragilizada vida selvagem do continente gelado.