A CNC aponta que este aumento no endividamento pode ser reflexo da maior demanda das famílias por crédito, aproveitando os menores custos com juros. A pesquisa considera como dívidas os valores a vencer em modalidades como cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, entre outros.
No que diz respeito à inadimplência, após cinco meses de queda, a proporção de consumidores com contas em atraso subiu de 28,1% para 28,6%. Apesar desse aumento, a CNC destaca que o indicador já esteve mais alto em março de 2023, quando 29,4% das famílias estavam inadimplentes.
Além disso, houve um crescimento no percentual de famílias que afirmaram não ter condições de pagar as dívidas, chegando a 12,0% em março. Isso mostra que as famílias estão buscando aumentar o prazo para pagamento das dívidas, tendo um comprometimento médio de 7,1 meses em março de 2023.
A análise por faixa de renda também revela que as famílias mais pobres foram as mais impactadas pelo aumento no endividamento e na inadimplência. Enquanto a proporção de endividados subiu entre as famílias de renda mais baixa, nas classes mais altas esse índice apresentou redução ou estabilidade.
Portanto, as condições econômicas atuais estão refletindo diretamente na situação financeira das famílias brasileiras, que precisam lidar com um cenário de maior endividamento e inadimplência, especialmente entre os mais vulneráveis economicamente.