O tema ganhou destaque na imprensa francesa, com dois dos principais jornais do país, Le Parisien e Libération, estampando a questão em suas manchetes. O Le Parisien destaca os impactos negativos desses químicos no sistema hídrico, especialmente em cidades próximas de indústrias como a fabricante de panelas Tefal, conhecida por utilizar Pfas em seus produtos com revestimento antiaderente de teflon. A fábrica da marca em Rumilly, nos Alpes franceses, virou palco de discussões acaloradas sobre o assunto.
De acordo com o Le Parisien, os Pfas são compostos por “cadeias de carbono-flúor, uma das combinações químicas mais resistentes e de difícil degradação, persistindo no meio ambiente por séculos, podendo chegar até milênios”. Estudos científicos alertaram para os riscos à saúde causados por essas substâncias, incluindo a associação com cânceres e danos aos sistemas reprodutivo e imunológico.
A discussão em torno do projeto de lei que busca proibir os ‘poluentes eternos’ promete ser acalorada na Assembleia Nacional, com vozes a favor e contra levantando argumentos sobre os impactos econômicos e ambientais da medida. O resultado dessa votação terá repercussão não apenas na França, mas também poderá influenciar ações em outros países que buscam regular o uso de substâncias prejudiciais ao meio ambiente e à saúde humana.