Brasil atinge menor nível de desmatamento desde 2015, reduzindo perda de floresta primária em 36% em 2023, aponta estudo.

Em 2023, o Brasil comemora uma conquista significativa na preservação de suas florestas primárias, com uma redução de aproximadamente 36% no desmatamento em comparação com o ano anterior. Essa marca representa o menor nível de desmatamento no país desde 2015, conforme apontado por um estudo divulgado recentemente.

A pesquisa, realizada pela Global Forest Watch em parceria com o Laboratório de Análise e Descoberta Global de Terras da Universidade de Maryland, destaca a importância das florestas tropicais primárias na luta contra as mudanças climáticas e na preservação da biodiversidade. A diretora do projeto Global Forest Watch, Mikaela Weisse, ressaltou que esses ecossistemas desempenham um papel crucial na captura de carbono e na manutenção da fauna e flora.

A diminuição do desmatamento no Brasil em 2023 é atribuída às ações do governo federal, que intensificou o combate aos crimes ambientais e reconheceu novos territórios indígenas durante o primeiro ano de gestão do presidente Lula. Apesar dos avanços na Amazônia, outros biomas como o cerrado e o pantanal ainda enfrentam perdas significativas de vegetação.

No cenário global, o Brasil representou 43% da perda total de florestas tropicais em 2022, número que caiu para 30% em 2023. Outro destaque do estudo foi a Colômbia, que sob a liderança do presidente Gustavo Petro, reduziu em 49% o desmatamento de suas florestas primárias no mesmo período.

No entanto, o mundo ainda está distante de alcançar a meta de acabar com o desmatamento até 2030, estabelecida na Declaração dos Líderes de Glasgow. Os trópicos perderam 3,7 milhões de hectares de floresta primária em 2023, sendo que países como Bolívia, Laos, Nicarágua e outros apresentaram aumentos na perda de cobertura florestal.

Apesar dos desafios, a redução do desmatamento no Brasil e em outros países é um passo importante na direção da preservação ambiental e do combate às mudanças climáticas. A conscientização e o engajamento de governos, organizações e da sociedade civil são fundamentais para garantir a sustentabilidade das florestas e do planeta como um todo.

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