Nesse contexto, a Guarda Civil Municipal (GCM) de São Bernardo tem desempenhado um trabalho exemplar por meio da Patrulha Maria da Penha, logo após a implementação da Lei Maria da Penha em 2021. Durante o mês de março, o Programa Guardiã Maria da Penha realizou palestras sobre o enfrentamento da violência doméstica em diversos equipamentos de saúde da cidade, como o Centro de Referência e Apoio à Mulher (CRAM), a Unidade Básica de Saúde (UBS) Fincos e a Secretaria de Educação.
A pesquisa nacional também apontou que 30% das mulheres brasileiras já foram vítimas de violência doméstica ou familiar, totalizando cerca de 25 milhões de mulheres no país. Esse dado alarmante ressalta a urgência de ações concretas para combater esse tipo de violência.
Entre os anos de 2015 e 2023, foram registrados 10.655 casos de feminicídio no Brasil, de acordo com números das Polícias Civis nos Estados Brasileiros e no Distrito Federal. Em São Paulo, apesar de uma taxa ainda relativamente baixa em comparação com a média nacional, houve um aumento de 13,3% entre 2022 e 2023, indo de 195 para 221 vítimas no último ano.
São Bernardo do Campo demonstra estar atenta à questão da violência contra as mulheres, implementando políticas públicas desde 2017. Iniciativas como o Hospital da Mulher, inaugurado em 2023, a Casa da Mulher, com convênio com o Governo do Estado, o Centro de Referência e Apoio à Mulher (CRAM), a Delegacia de Defesa da Mulher, e a adesão à campanha Sinal Vermelho Contra a Violência Doméstica, são algumas das ações do município para acolher e proteger mulheres em situação de violência.
Além disso, a Prefeitura de São Bernardo sancionou leis como a que prevê multa para quem comete assédio sexual nos ônibus municipais e em locais públicos da cidade, reforçando o compromisso com a segurança e a proteção das mulheres. A luta contra a violência de gênero continua sendo uma prioridade para o município, que busca garantir o bem-estar e a dignidade das mulheres paulistas.
