Juiz Ricardo Fulgoni revela diagnóstico de autismo após dificuldades na infância e superação na carreira jurídica

O juiz Ricardo Fulgoni, natural de Volta Redonda, no sul fluminense, enfrentou uma infância e adolescência difíceis, marcadas pela incompreensão dos colegas e pelo bullying que sofria por não se encaixar nos padrões sociais. Com dificuldades para interagir com os outros e enfrentando ambientes cheios, Ricardo sempre se sentiu diferente, sem saber exatamente o motivo.

Hoje, atuando na Justiça estadual do Paraná, após descobrir que era autista, Ricardo relembra os desafios que enfrentou ao longo da vida. A pandemia de covid-19 trouxe ainda mais dificuldades para o juiz, que viu seu cronograma de estudos comprometido e se viu em um verdadeiro desafio para adaptar-se às mudanças repentinas em sua rotina.

Após receber um diagnóstico tardio de autismo, Ricardo passou por um processo de aceitação e compreensão de suas características únicas. O diagnóstico foi libertador, pois finalmente ele pôde entender as razões por trás de suas dificuldades sociais e emocionais ao longo da vida.

O Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, celebrado em 2 de abril, é uma data importante para reduzir o preconceito e disseminar informações sobre o transtorno do espectro autista (TEA). A conscientização sobre o autismo é fundamental para promover a inclusão e o respeito às diferenças, além de garantir o acesso a tratamentos e terapias adequadas.

No Brasil, ainda há desafios a serem enfrentados em relação ao acesso a tratamentos, terapias e à inserção de pessoas autistas na sociedade, especialmente no mercado de trabalho e nas universidades. É essencial desenvolver políticas públicas mais eficazes que garantam o suporte necessário para o desenvolvimento e inclusão dessas pessoas.

Embora ainda não se saiba a causa exata do autismo, a compreensão do transtorno tem avançado, possibilitando um diagnóstico precoce e a implementação de estratégias de apoio mais eficazes. A luta contra o preconceito e a promoção da inclusão são passos fundamentais para uma sociedade mais acolhedora e respeitosa com todos os indivíduos, independentemente de suas diferenças.

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