A tentativa de Lula de emplacar Mantega como diretor-presidente da Vale gerou polêmica entre investidores, que temiam a interferência do governo na mineradora. Após recuar da indicação, o governo cogitou indicá-lo para o conselho administrativo da Braskem. A decisão de recuo foi bem recebida pelo mercado, preocupado com a influência política nas empresas.
Outro ponto abordado por Tebet foi a suposta interferência do Executivo nas decisões da Petrobras. Com o conselho da estatal barrando o pagamento de dividendos extraordinários, houve uma perda significativa de valor de mercado da empresa. No entanto, segundo a Ministra, não há indícios de ingerência política nas decisões da Petrobras.
Além disso, Tebet comentou sobre a política de juros do Banco Central, ressaltando que o patamar de 9% na Selic não pode ser considerado o piso e que é importante analisar os sinais dados pela economia e política fiscal do governo. Recentemente, o Copom reduziu a Selic para 10,75% ao ano, mostrando cautela diante do cenário doméstico e internacional.
Em relação às contas públicas, Tebet afirmou que não há, pelo menos até o meio do ano, preocupações em discutir a revisão da meta de déficit zero em 2024. No entanto, a economia vem sendo vista com pessimismo pelos brasileiros, o que reflete na queda de popularidade do presidente Lula. Para a Ministra, é necessário melhorar a comunicação do governo para informar ao público sobre as ações realizadas.