A maior parte do valor acordado será destinada à locação de imóveis da universidade por 16 anos, bem como à disponibilização do Hospital Lydia Storopoli, pertencente à Uninove, para a Secretaria de Saúde de São Paulo. Além disso, R$ 51 milhões serão utilizados para a compra de um terreno de 11 mil metros quadrados que abrigará o Parque Municipal do Rio Bixiga.
Esse acordo foi resultado de uma ação civil de improbidade administrativa referente às investigações sobre a máfia dos fiscais. As apurações revelaram que dirigentes da universidade teriam pago propina aos fiscais da prefeitura visando a manutenção de imunidades tributárias indevidas entre os anos de 2009 e 2012.
Com a homologação deste acordo, a universidade se compromete a indenizar o município e se livrar de possíveis processos legais. Vale ressaltar que a implantação do Parque Municipal do Rio Bixiga era um sonho do falecido diretor Zé Celso, fundador do Teatro Oficina, que por décadas trava uma batalha contra Silvio Santos, dono do terreno onde se pretende construir três prédios de uso comercial e residencial.
A luta pela criação do Parque contou com o apoio de intelectuais, artistas, políticos e entidades da sociedade civil, como a Appit (Associação dos Proprietários e Protetores de Imóveis Tombados) e a Samorcc (Sociedade de Amigos e Moradores do Cerqueira César). Essa conquista representa não apenas a preservação de um importante espaço verde na cidade, mas também a vitória da sociedade civil organizada em prol do patrimônio e do bem-estar da população.