Nenhuma Mulher Preside as Câmaras Municipais das Capitais Estaduais do Brasil: Desigualdade de Gênero na Política Local

Nenhuma mulher está na presidência das Câmaras Municipais das capitais estaduais do Brasil. Um levantamento recente mostrou que em Florianópolis, a Câmara mais feminina, apenas 6 das 23 cadeiras são ocupadas por mulheres, o que representa 26% de representatividade feminina. Por outro lado, em cidades como Campo Grande, a capital mais masculina nesse aspecto, há apenas uma vereadora entre os 29 parlamentares.

Essa falta de representatividade feminina gera diferentes impactos no ambiente político. Vereadoras como Luiza Ribeiro e Karla Coser relatam situações de exclusão e falta de apoio entre os colegas homens. Elas se sentem isoladas e lutam para que projetos semelhantes aos dos homens sejam aprovados.

Em cidades como João Pessoa, Vitória e Campo Grande, onde só há uma vereadora, a vereadora Eliza Virginia, do PP-PB, expressa opiniões antifeministas e de direita, destacando desafios extras enfrentados pelas mulheres na política. O sistema eleitoral desigual, os estereótipos de gênero e o financiamento são barreiras enfrentadas pelas candidatas.

Para tentar mitigar essas desigualdades, existem cotas para financiamento de campanhas que reservam 30% do Fundo Eleitoral para candidaturas femininas. No entanto, para Luiza Ribeiro, é necessário também destinar cadeiras exclusivas para mulheres, como feito na Argentina, que reserva metade das vagas do Congresso para mulheres.

A presença das mulheres na política não só contribui para pautas mais eficientes em políticas públicas voltadas para as necessidades femininas, mas também serve como exemplo para mais mulheres se enxergarem como potenciais ocupantes desse espaço. A representatividade das mulheres nas Câmaras municipais é essencial para uma democracia mais justa e equitativa.

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