A escassez de revistas nas celas possibilitou que os presos fizessem um buraco na luminária, por onde conseguiram escapar. Durante a busca pelos fugitivos, diversas situações de perigo foram enfrentadas, incluindo o sequestro de uma família, avistamentos em comunidades, esconderijo em propriedade rural e agressões a um indivíduo na zona rural de Baraúna.
Após a constatação das falhas estruturais que contribuíram para a fuga dos detentos, a corregedoria instaurou processos disciplinares envolvendo 10 servidores que ocupavam cargos de chefia durante o período em que não foram realizadas as revistas nas celas. Além disso, 17 servidores receberam Termos de Ajustamento de Conduta por não terem seguido os procedimentos corretos.
Os investigadores ressaltam que não houve conivência por parte dos servidores, mas sim uma sucessão de falhas procedimentais que resultaram na fuga dos presos. Além disso, foi apontada a falta de investimento na infraestrutura do presídio ao longo do tempo, o que contribuiu para a deterioração das celas e a facilidade de fuga.
Uma nova investigação foi aberta para examinar a gestão desde a construção do presídio, focando nos problemas estruturais que não foram devidamente tratados. A corregedoria busca esclarecer questões como a remoção da laje no shaft do projeto executivo e a instalação de parafusos inadequados na luminária em 2018.
Diante desse cenário, a segurança e a estrutura do sistema prisional federal encontram-se sob escrutínio, com a necessidade de implementação de medidas que garantam a integridade e a eficácia das prisões no Brasil. A população aguarda respostas e ações concretas por parte das autoridades responsáveis.