De acordo com informações do jornal israelense The Times of Israel, a reunião deverá ser remarcada para a próxima semana. O objetivo do encontro é discutir uma ofensiva terrestre em Rafah, no sul de Gaza, que os EUA temiam poder resultar em um massacre de civis palestinos. Os militares israelenses devem apresentar alternativas para a operação.
O cancelamento da reunião em Washington foi visto como uma mensagem de Israel ao Hamas, demonstrando que o país não cederia à pressão internacional no conflito em Gaza. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, considerou a reação do governo israelense como exagerada.
Enquanto isso, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallan, estava em visita ao Pentágono no momento do cancelamento da reunião e manteve encontros com altos funcionários do governo americano. Dentre eles estavam Jake Sullivan, Antony Blinken, Lloyd Austin e William Burns, numa das principais pautas discutidas estava a ofensiva em Rafah.
Os Estados Unidos manifestaram oposição a uma operação terrestre em Gaza, onde há mais de um milhão de palestinos concentrados, muitos deles fugitivos de conflitos anteriores. O assessor da Casa Branca, John Kirby, destacou a necessidade de um plano para proteger a população civil durante os conflitos.
Após a resolução de cessar-fogo em Gaza passar no Conselho de Segurança da ONU, o Hamas rejeitou uma oferta israelense que previa a troca de prisioneiros por reféns. A resolução propunha a libertação incondicional dos reféns, mas sem vínculo com o cessar-fogo. Tanto Israel quanto o Hamas se recusaram a cumprir a decisão da ONU.