Essa meta foi divulgada com o aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também do PT. Haddad afirmou que, a pedido dos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), projetos de lei foram apresentados para chegar a uma equação que definirá o futuro da trajetória do superávit. O ministro enfatizou a importância de negociar com o Congresso para manter o curso da economia.
Haddad destacou que a responsabilidade de elaborar a proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias agora está com a ministra do Planejamento, Simone Tebet, do Movimento Democrático Brasileiro (MDB). O prazo para o envio da proposta é até o dia 15 de abril.
O ministro ressaltou que o resultado primário não depende apenas do Executivo, e que há uma nova realidade na relação com o Legislativo, em que o presidente da República não tem mais o mesmo controle sobre o Congresso que tinha antes. Haddad comparou a situação atual com os 16 anos dos mandatos de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Lula, destacando a mudança de dinâmica nas relações entre os poderes.
Alguns temas que dependem do Congresso e que podem influenciar nas contas públicas foram citados por Haddad, como o programa Perse para o setor de eventos, a desoneração da folha de pagamentos, julgamentos em tribunais superiores e compensações tributárias. A meta fiscal para este ano já está sendo questionada, com a equipe econômica projetando um déficit de 0,5% no ano passado, zero neste ano, superávit de 0,5% em 2025 e de 1% em 2026.