Dados da ONG WWF mostram que os garimpeiros ilegais na Guiana Francesa liberam cerca de 1,3 kg de mercúrio para cada 1 kg de ouro extraído, contaminando rios, oceanos, florestas e afetando a população. O aumento dos preços do ouro tem motivado um aumento nas atividades ilegais na região, com Macron enfatizando a necessidade de limitar tais práticas.
No ano passado, estima-se que cerca de cinco toneladas métricas de ouro foram extraídas ilegalmente na Guiana Francesa, enquanto as autoridades conseguiram apreender apenas 35 kg do metal precioso. Macron anunciou que o ouro apreendido será vendido para devolver fundos ao território, principalmente por meio de projetos de reparação dos impactos da mineração ilegal.
Além disso, o presidente francês revelou que está buscando aumentar a cooperação com o Suriname e o Brasil para romper as cadeias de suprimento ilegais e melhorar a coordenação militar. O objetivo é estabelecer uma estratégia conjunta até a COP30, a cúpula da ONU sobre mudanças climáticas que será realizada em Belém, no Brasil, em 2025.
Macron ressaltou a importância de combater o garimpo ilegal e de promover práticas sustentáveis na mineração de ouro, visando proteger o meio ambiente e garantir o desenvolvimento sustentável da região. Suas declarações refletem um esforço do governo francês em lidar com uma questão urgente e multifacetada que envolve não apenas questões ambientais, mas também econômicas e sociais.