Estudo aponta relação entre temperaturas mínimas de 21,2°C em Minas Gerais e aumento de casos de dengue nos últimos 10 anos.

Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Juiz de Fora revelou que cidades de Minas Gerais com média de temperaturas mínimas diárias de 21,2 °C tiveram mais casos de dengue ao longo de um período de dez anos. Os resultados desta pesquisa foram publicados na revista Cadernos da Saúde Pública, evidenciando que Minas Gerais é um dos locais do Brasil com maior incidência de casos prováveis de dengue.

De acordo com os pesquisadores, a relação entre a incidência de dengue e a temperatura mínima da atmosfera é não linear, ou seja, não aumenta igualmente uma para a outra. O frio moderado e extremo funcionam como fatores protetivos, enquanto o calor moderado está associado a um maior risco de infecções pelo mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da dengue.

A pesquisa analisou a variação de temperatura média diária durante um período de dez anos em 66 microrregiões de Minas Gerais, sendo consideradas apenas 38 delas devido ao número insuficiente de casos de dengue para análise. A variação das temperaturas mínimas foi ampla, indo de 2,5 °C em Pouso Alegre a 26,5 °C em Frutal e Ituiutaba.

O estudo destacou a importância das temperaturas mínimas para entender a dinâmica da doença, pois elas influenciam tanto a sobrevivência do mosquito quanto a do vírus da dengue. As variações de temperatura atuam como fatores determinantes no desenvolvimento e propagação da doença, sendo essenciais para identificar regiões com maior risco de ocorrência de casos.

Além disso, o aquecimento global causado pela atividade humana tem desempenhado um papel crucial no aumento de doenças infecciosas como a dengue em todo o mundo. Portanto, medidas preventivas e estratégias de controle são fundamentais para combater a propagação da doença e minimizar os impactos causados pelas mudanças climáticas.

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