Segundo informações de investigadores da PF, a área de inteligência da Polícia Civil havia contraindicado a nomeação de Barbosa para o cargo, mas o general Braga Netto decidiu mantê-lo como chefe da instituição. Braga Netto, que foi interventor na segurança do Rio, se envolveu posteriormente na política, ocupando cargos de destaque no governo.
Barbosa é suspeito de ter feito uma combinação com o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio Domingos Brazão para evitar a identificação dos mandantes do assassinato de Marielle Franco. Além disso, há indícios de que ele teria recebido propina para obstruir as investigações sobre o crime, o que ele nega veementemente.
Durante sua gestão, Barbosa teria plantado informações falsas para despistar as investigações, incluindo a apresentação de testemunhas falsas e garantias de esclarecimento do caso aos parlamentares do partido da vereadora assassinada. O ex-chefe da Polícia Civil é bacharel em Direito e se apresenta como professor de direito em uma instituição de ensino superior privada.
Marcelo Freixo, presidente da Embratur, que fez carreira política no Rio de Janeiro, comentou sobre a prisão de Barbosa nas redes sociais, ressaltando que o ex-chefe da Polícia Civil foi a primeira pessoa com quem ele entrou em contato após o assassinato de Marielle Franco. Freixo, juntamente com as famílias das vítimas, foi recebido por Barbosa no dia seguinte ao crime, acreditando na elucidação do caso na época.
A prisão de Rivaldo Barbosa traz à tona a complexidade e obscuridade dos bastidores da investigação do assassinato de Marielle Franco, evidenciando a necessidade de transparência e responsabilidade por parte das autoridades envolvidas no caso.