Marco Polo: O Explorador que Mudou a Perspectiva Ocidental sobre o Oriente, segundo Especialistas em Taiwan e Pequim

Marco Polo foi um dos viajantes mais famosos da história, trazendo relatos sobre terras distantes e exóticas que fascinavam o imaginário europeu. Suas descrições se destacavam das convenções habituais dos escritores viajantes ocidentais de sua época, como aponta a professora Margaret Kim, da Universidade Nacional Tsing Hua, em Taiwan.

Diferentemente de outros exploradores europeus que buscavam impor suas crenças religiosas e visão de mundo nas terras que visitavam, Marco Polo tinha um olhar mais secular e desprovido de doutrinação. Suas narrativas pareciam focar mais nas paisagens e costumes das regiões que ele explorava, sem tentar impor conceitos morais ou religiosos. Isso o diferenciava dos futuros viajantes europeus que enxergavam as terras não europeias com um “olhar imperial”, em busca de conquista e demonstração de superioridade civilizacional.

O professor Zhang Longxi, da Academia Yenching da Universidade de Pequim, destaca que Marco Polo se impressionava com a riqueza e poder dos soberanos mongóis, em contraste com a Europa medieval da época. Sua atitude era de admiração, ao invés de arrogância ou desejo de controle. Dessa forma, o explorador italiano se destacava dos futuros colonizadores europeus que viriam com o objetivo de conquistar e dominar territórios distantes.

Na corte de Kublai Khan, Marco Polo era visto como um membro respeitado, com responsabilidades diplomáticas e um papel ativo na administração do Império Mongol. Sua posição e influência na corte ainda são objeto de debate, mas há consenso de que ele era tratado como alguém de dentro, e não como um estrangeiro. Sua vivência e experiência no Oriente o tornaram uma figura importante na história da exploração e abertura de novas rotas comerciais e culturais entre o Oriente e o Ocidente.

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