A economista da FGV, Anna Carolina Gouveia, ressaltou que esse foi o primeiro resultado favorável do ano, elevando o indicador de um patamar pessimista para moderadamente pessimista, acima dos 90 pontos. No entanto, a dificuldade em alcançar níveis mais satisfatórios de confiança ainda está relacionada às limitações financeiras das famílias, como indicado pela baixa pontuação do indicador de situação financeira atual.
Em março, tanto o Índice de Situação Atual (ISA) quanto o Índice de Expectativas (IE) apresentaram crescimento. O ISA subiu 2,1 pontos, atingindo 80,7 pontos, enquanto o IE teve um aumento de 1,2 ponto, chegando a 99,1 pontos. As perspectivas para as finanças familiares futuras contribuíram significativamente para o aumento da confiança no mês, juntamente com as expectativas sobre a situação futura da economia.
A pesquisa também mostrou que houve uma melhora nas percepções sobre as finanças pessoais e a economia local. O ímpeto de compras de bens de consumo duráveis, no entanto, registrou uma queda nos últimos meses.
A confiança dos consumidores aumentou em todos os grupos de renda pesquisados, indicando uma melhora geral no sentimento em relação à economia. A pesquisa foi realizada entre os dias 1º e 20 de março, captando a percepção dos consumidores nesse período.
Esses dados refletem uma leve recuperação da confiança do consumidor, mas ainda há desafios a serem superados para que esse indicador atinja níveis mais satisfatórios. A situação econômica e as perspectivas futuras continuam sendo aspectos-chave que influenciam a confiança dos consumidores.