O presidente da Pro-Música, Paulo Rosa, ressaltou a importância desse crescimento para a música brasileira, destacando que a diversidade de artistas e sons do país tem conquistado cada vez mais espaço nas plataformas de streaming. A música nacional teve uma participação de 93,5% entre as 200 mais acessadas no Brasil em 2023, um aumento significativo em comparação com anos anteriores.
Na América Latina, a região também tem apresentado crescimento acima da média global, impulsionada, em parte, pela transição do mercado fonográfico do físico para o digital. A pirataria de CDs nos anos 90 e início dos anos 2000 afetou bastante a região, mas o surgimento do streaming mudou esse cenário. Países latino-americanos têm abraçado a tecnologia digital e observado taxas de crescimento maiores, apesar de ainda serem mercados menores se comparados aos grandes players mundiais.
No Brasil, o streaming representou 87,1% do total das receitas do mercado musical em 2023, com um crescimento expressivo de 14,6% em relação ao ano anterior. O presidente da Pro-Música ressaltou a importância de um crescimento econômico contínuo para o setor musical, permitindo que mais pessoas tenham condições de consumir música de forma legítima, utilizando plataformas de streaming.
Apesar dos bons resultados, a entidade está preocupada com o uso de ferramentas robotizadas para criar streams falsos, prática considerada ilegal e fraudulenta. Além disso, o impacto negativo do uso da inteligência artificial no mercado de música é uma preocupação em discussão no Congresso Nacional. A Pro-Música busca garantir a proteção dos setores criativos, incluindo a música, nas novas regulações sobre o uso responsável da IA.
Em resumo, o mercado musical brasileiro está em ascensão, com um forte impulso do streaming e uma crescente valorização da diversidade e qualidade da música nacional. A expectativa é de um crescimento consistente nos próximos anos, desde que haja um ambiente econômico favorável e regulações justas para proteger a indústria fonográfica.