A prefeitura, em nota, afirmou não ter encontrado registros de ocorrências com as características relatadas. No entanto, ressaltou que denúncias de conduta inadequada de funcionários públicos municipais podem ser feitas de forma anônima pelos canais de atendimento 156, e que todas as ocorrências são rigorosamente apuradas.
Uma das prostitutas, identificada apenas como Sandra, de 45 anos, disse ter sido expulsa da rua Cásper Líbero, próxima à estação da Luz, há uma semana. Desde então, tem buscado um novo local para trabalhar, sendo também impedida de atuar no parque da Luz por outras profissionais do sexo que já ocupam o espaço. Sandra trabalha como prostituta há vinte anos, iniciando sua carreira em Pindamonhangaba, no interior de São Paulo, para sustentar seu filho recém-nascido.
Segundo relatos, as ações da GCM estariam direcionadas principalmente a prostitutas mais velhas e travestis. No entanto, a prostituição não é proibida no Brasil, estando inclusive presente na Classificação Brasileira de Ocupações. O Código Penal estabelece como crime apenas a prática de rufianismo, quando uma terceira pessoa obtém vantagens financeiras da atividade.
Na tarde desta segunda-feira, carros da GCM permaneciam posicionados nas saídas da estação da Luz, com poucas prostitutas ao redor. A situação gerou especulações e questionamentos sobre a atuação da guarda em relação às profissionais do sexo, levantando debates sobre os direitos e condições de trabalho dessas pessoas na cidade de São Paulo.