Jean Paul Prates culpa governo Lula por orientação de reter dividendos na Petrobras: tentativa de desviar crise de credibilidade.

A recente polêmica envolvendo os tuítes de Jean Paul Prates, ex-senador e agora presidente da Petrobras, ressaltou a fragilidade na comunicação da maior empresa petrolífera da América Latina. Os comentários de Prates, indicando que a orientação para reter os dividendos extraordinários da Petrobras veio do governo Lula, geraram controvérsias e levaram a questionamentos sobre sua gestão e credibilidade.

Em suas declarações, Prates afirmou que a decisão de reter os dividendos partiu do Conselho de Administração da Petrobras, orientado pelo presidente da República e seus ministros. No entanto, a falta de clareza na comunicação e a repercussão negativa levaram a empresa a um impasse.

O episódio teve início durante o Deep Dive, evento em Nova York, onde a empresa sinalizou aos investidores uma possibilidade de pagamento dos dividendos extraordinários. Essa expectativa gerada se chocou com a realidade da governança da estatal, que determinava que a decisão sobre os dividendos cabia ao Conselho de Administração.

Após a repercussão negativa, Prates manteve sua posição de não recuar em relação às suas declarações anteriores. No entanto, a comunicação falha e as expectativas criadas entre os investidores colocaram a Petrobras em uma situação delicada.

A decisão de reter os dividendos extraordinários da Petrobras, tomada em março, refletiu a necessidade de equilibrar a margem de risco da empresa, considerando o cenário econômico atual. A empresa enfrenta novas condições, com preços de petróleo variáveis e o crescimento das energias renováveis como foco de investimento.

A divulgação da ata da reunião do Conselho de Administração da Petrobras pode trazer mais transparência e esclarecer os fatos. No entanto, fica evidente a importância de uma comunicação profissional e transparente por parte da Petrobras, evitando controvérsias e preservando sua credibilidade no mercado. A gestão da crise não apenas política, mas também comunicacional, deve ser uma prioridade para a empresa, que enfrenta desafios significativos em seu contexto atual.

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