Durante a entrevista, Pence afirmou que não apoiará Trump este ano, destacando suas diferenças em relação aos deveres constitucionais exercidos em 6 de janeiro. Essa data é marcada pela infame invasão do Capitólio, sede do Congresso americano em Washington, organizada por apoiadores de Trump insuflados pelo próprio ex-presidente. Na ocasião, Pence foi pressionado por Trump a se opor ou atrasar a certificação da vitória de Joe Biden à Presidência, mas o vice-presidente não cedeu às ordens do ex-presidente.
A tentativa de reversão das eleições de 2020 que culminou na invasão do Capitólio é parte de um dos quatro casos criminais em que Trump é acusado. Outro desses casos também se refere ao pleito daquele ano, envolvendo uma tentativa de mudar o resultado da eleição no estado da Geórgia. Nesta sexta-feira, o juiz Scott McAfee decidiu que a promotora Fani Willis poderia permanecer no processo, mesmo diante das alegações de conflito de interesses entre ela e o procurador especial Nathan Wade.
Essa decisão encerra cerca de três meses de impasse no caso da Geórgia, onde Trump é réu. A estratégia da defesa do ex-presidente é evitar um desgaste legal que possa afetar sua eventual campanha à Presidência. O advogado de Trump no caso, Steve Sadow, afirmou respeitar a decisão do juiz, mas acredita que ela não valorizou devidamente as condutas impróprias dos promotores Willis e Wade.