A PF questionou Freire Gomes sobre quais medidas ele tomou diante da sugestão de Pazuello de promover uma “ação militar para impedir a posse do governo eleito”. Em sua resposta, o general explicou que, como Pazuello já estava na reserva e eleito como deputado federal, ele interpretou a proposta como uma questão política, sem qualquer possibilidade de influenciar diretamente as Forças Armadas.
Essa declaração gerou debates e preocupações em relação à separação entre as esferas civil e militar no país. A Constituição Brasileira estabelece que as Forças Armadas devem ser instituições de Estado, subordinadas aos poderes constituídos e sem interferência direta na política. Qualquer tentativa de uso indevido das Forças Armadas para propósitos políticos viola os princípios democráticos e o estado de direito.
Além disso, a revelação de que um ex-ministro da Saúde e integrante das Forças Armadas sugeriu uma ação dessa natureza levantou preocupações sobre a politização das instituições militares no Brasil. A sociedade civil e as autoridades competentes devem estar atentas e vigilantes para garantir que o papel das Forças Armadas seja sempre pautado pela defesa da Constituição e dos valores democráticos.
Diante desse contexto, é fundamental que as investigações em curso esclareçam os fatos e responsabilidades envolvidas nesse episódio. A transparência e a prestação de contas são essenciais para preservar a integridade das instituições e a confiança da população nas instituições democráticas.