Supremo Tribunal Federal recebe parte da investigação dos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes, distribuída ao ministro Alexandre de Moraes.

O Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu na última segunda-feira (11) parte da investigação sobre os assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes. O caso foi distribuído nesta quarta-feira (13) ao ministro Alexandre de Moraes, após tramitar no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O deslocamento do processo para o STF ocorre quando há citação de pessoas com prerrogativa de foro na corte nas investigações.

De acordo com a Constituição Federal, ocupantes de cargos como deputados federais, senadores, ministros de Estado, presidente da República e vice devem ser julgados pelo STF em processos criminais. O caso está sob sigilo e ainda não há informações sobre quem seria o envolvido que motivou a transferência da investigação para o Supremo.

A vereadora Marielle Franco foi brutalmente assassinada no centro do Rio de Janeiro, em março de 2018, quando o carro em que estava foi alvejado por 13 tiros, resultando em sua morte e a de seu motorista, Anderson Gomes. Os motivos e os mandantes do crime ainda não foram identificados.

Dois ex-policiais militares, Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, foram presos e acusados de envolvimento no assassinato. Lessa fechou um acordo de delação premiada no inquérito, que corre em sigilo no STJ e aguarda homologação. A colaboração de Queiroz também contribuiu para avançar nas investigações, levando a novas suspeitas de envolvimento de Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro.

Como Brazão possui foro especial, o inquérito foi enviado ao STJ no ano passado. Apesar das negações de sua participação no crime, as investigações continuam em busca de elucidar o caso e identificar todos os responsáveis pelo brutal assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes.

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