A primeira ocorrência do fenômeno em 2023 foi em 1º de agosto, caracterizado pela maior visibilidade do satélite durante o perigeu, ponto de sua órbita mais próximo da Terra. Nesse momento, a lua aparece 14% maior e 30% mais brilhante do que o normal.
Apesar de chamada de superlua azul, a classificação não se refere às cores, mas sim à expressão em inglês “once in a blue moon”, que significa “muito raramente”. No caso, a classificação se deve à segunda Lua cheia dentro de um mesmo mês.
A astrônoma Josina Nascimento, do Observatório Nacional, destaca que a rara coincidência de duas Luas cheias em um mesmo mês ocorreu em 2009 e só acontecerá novamente em 2032.
É importante ressaltar que, como o fenômeno não possui uma definição formal pela União Astronômica Internacional, cada instituição pode adotar seus critérios. No caso do Observatório Nacional, é considerada uma superlua quando a Lua está pelo menos 90% no perigeu.
Aqueles que desejarem observar a superlua precisam torcer para que o céu esteja sem nuvens. Em São Paulo, a previsão é de nebulosidade ao longo do dia, com uma diminuição ao longo da tarde.
A astrônoma Josina Nascimento explica que será possível visualizar a Lua a qualquer momento da noite, desde o pôr do sol de quarta até o raiar do dia na quinta-feira (31). Quando o satélite estiver próximo ao horizonte, sua aparência será ainda maior e sua luminosidade interagirá com as partículas presentes no ar, resultando em uma cor avermelhada ou amarelada.
A próxima ocorrência de três superluas em um ano está prevista para 2028, mas é importante destacar que essas datas são baseadas na definição de Richard Nolle.
Desde o ano 2000, a superlua mais próxima da Terra ocorreu em 14 de novembro de 2016, quando estava a 356.509 quilômetros de distância do planeta. A previsão é que essa proximidade volte a ocorrer em 24 de dezembro de 2026, quando a Lua estará a 356.650 quilômetros da Terra.
