Jill Biden, a transformadora primeira-dama que desafia tradições e tabus em novo livro jornalístico

Na mais recente obra da renomada jornalista Katie Rogers, do New York Times, intitulada “American Woman: The Transformation of the Modern First Lady, from Hillary Clinton to Jill Biden”, uma reflexão profunda é feita sobre o papel das primeiras-damas na história moderna dos Estados Unidos. O livro traz à tona personalidades tão distintas quanto controversas, como Melania Trump e Jill Biden, retratando suas ações e posturas diante do cargo não oficial que ocupam.

Melania Trump, considerada por muitos a pior primeira-dama da história moderna americana, chama a atenção por sua ganância, vulgaridade e preguiça. Sua falta de interesse nas tradições do serviço público não remunerado ficou evidente em suas visitas esporádicas ao escritório reservado para as primeiras-damas na Casa Branca, onde ela optou por transformar espaços em salões de beleza e salas para embrulhar presentes, ao invés de desempenhar funções representativas. Sua passagem pelo cargo foi marcada por escândalos e polêmicas, evidenciando uma postura distante das responsabilidades que lhe eram atribuídas.

Por outro lado, Jill Biden surge como um contraponto à figura de Melania, demonstrando determinação e comprometimento ao conciliar suas atividades como primeira-dama com seu emprego como professora de inglês em uma faculdade estadual. A decisão de manter seu trabalho fora da Casa Branca, recebendo um salário de uma ONG para evitar o uso de dinheiro público, foi vista como um exemplo de resiliência e independência por parte de Biden. Sua história de superação, narrada no livro de Rogers, revela uma faceta pouco explorada das primeiras-damas americanas.

Ao longo do livro, são apresentadas outras figuras marcantes, como Michelle Obama, que se destacou por sua aversão à política e sua influência global como autora e produtora. Por outro lado, Hillary Clinton surge como um caso trágico, cuja derrota para Donald Trump em 2016 deixou marcas profundas em sua trajetória política. A polarização gerada por suas ações à frente da força tarefa para a reforma do seguro-saúde foi um dos pontos abordados no livro, revelando desafios enfrentados por essa importante figura pública.

Em resumo, “American Woman” oferece uma visão abrangente e multifacetada do papel das primeiras-damas americanas, destacando conquistas, fragilidades e desafios enfrentados por essas mulheres ao longo da história. A obra de Katie Rogers se destaca como uma análise crítica e informativa sobre a transformação do papel da primeira-dama na sociedade contemporânea.