O líder do partido na Casa, Odair Cunha (MG), pretende ampliar a discussão para incluir também o setor de entrega, que não teve acordo com as empresas. Segundo Cunha, o Congresso é o local ideal para promover esse entendimento. O projeto de lei que visa regular o trabalho dos motoristas de aplicativo foi apresentado pelo governo no início de março e prevê a contribuição ao INSS, auxílio-maternidade e um pagamento mínimo por hora de trabalho no valor de R$ 32,09.
No entanto, a proposta do governo tem enfrentado resistência da oposição. A deputada bolsonarista Julia Zanatta (PL-SC) protocolou uma proposta no mesmo dia em que o projeto governamental foi apresentado, com o objetivo de manter a relação entre trabalhadores e empresas praticamente nos moldes atuais, sem a inclusão de medidas como a contribuição ao INSS e o pagamento mínimo por hora.
Essa divergência de opiniões reflete a complexidade do tema e a importância da discussão no âmbito legislativo. A regulamentação do trabalho dos motoristas de aplicativo e dos profissionais do setor de entrega é uma questão que envolve diversos interesses e necessidades, e a definição de regras claras e justas é fundamental para garantir os direitos e a proteção desses trabalhadores.
Diante desse cenário, a atuação do Congresso Nacional e a condução do debate pelo presidente da Câmara dos Deputados serão essenciais para a busca de um consenso que atenda às demandas dos trabalhadores, das empresas e da sociedade como um todo. É importante que as diferentes partes envolvidas estejam abertas ao diálogo e dispostas a encontrar soluções que promovam o desenvolvimento sustentável e a valorização do trabalho nesse segmento da economia.