Apesar de ainda não ter sido divulgado o novo valor, Nunes afirma que o reajuste está em estudo. Os projetos sobre o tema serão enviados pelos dois governos à Câmara Municipal e à Assembleia Legislativa até o final desta semana, de acordo com o prefeito.
O anúncio foi feito nesta terça-feira (29), em um momento em que os bairros da Sé e de Campos Elíseos, no centro da cidade, registram um recorde de roubos de janeiro a julho. Vale ressaltar que essa não é a primeira vez que a Operação Delegada está em destaque. Em março deste ano, a prefeitura já havia anunciado o aumento do número de vagas para policiais no programa.
No entanto, a prefeitura enfrenta dificuldades para preencher todas as vagas da Operação Delegada, já que a adesão dos policiais ao trabalho extra é voluntária. Segundo Nunes, apenas cerca de 1.500 vagas foram ocupadas das 2.400 ofertadas neste ano, ou seja, aproximadamente 37% não foram preenchidas. O aumento na remuneração tem como objetivo estimular a participação de mais PMs na folga.
O prefeito mencionou que a meta é alcançar aproximadamente 2.800 PMs trabalhando na operação. No entanto, a proposta de criar mais vagas só será implementada quando a taxa de ocupação das vagas atuais estiver próxima de 100%, de acordo com a prefeitura.
A cidade de São Paulo tem vivenciado um aumento da violência, sendo que o valor pago pela prefeitura no convênio com a Polícia Militar já é o maior dos últimos três anos. Em março, a gestão de Nunes anunciou um investimento de R$ 83,5 milhões para a Operação Delegada.
Durante um evento que discutia a revitalização do centro de São Paulo, Tarcísio levantou a possibilidade de contratar PMs da reserva para realizar trabalhos administrativos nos batalhões. Isso permitiria que o pessoal da ativa atuasse em operações nas ruas e reforçasse a Operação Delegada.
Diante das críticas sobre o recorde de roubos na Sé e em Campos Elíseos, Tarcísio ressaltou que discutir estatísticas criminais não resolve o problema da violência no centro da capital.