Em áudio divulgado, Nicolás Maduro agradeceu o apoio e as bênçãos recebidas, convocando o povo para o dia 28 de julho. O líder Diosdado Cabello, considerado o número dois do chavismo, afirmou que não havia dúvidas de que Maduro seria o candidato por consenso do PSUV.
Maduro, que está em campanha há semanas, tem aumentado suas aparições públicas e anunciado programas sociais de “nova geração” e a criação de novas obras públicas. Enquanto isso, a oposição se vê diante da inabilitação política de María Corina Machado, que venceu as primárias da principal coalizão Plataforma Unitária, mas teve sua candidatura suspensa por 15 anos pela justiça eleitoral.
A habilitação de candidatos tem sido um ponto crítico nos diálogos entre governo e oposição, mediados pela Noruega. Embora tenham assinado um acordo em Barbados para organizar a eleição com observadores internacionais, a Suprema Corte venezuelana manteve a inelegibilidade de Machado. A oposição exige que sua candidata seja habilitada.
O Conselho Nacional Eleitoral enviou convites à União Europeia, à ONU e ao Carter Center para observarem o processo eleitoral. Enquanto isso, a oposicionista Maria Corina Machado denuncia que o diretor de sua campanha em Barinas foi sequestrado pelo regime de Maduro. Vários dirigentes de seu partido também foram detidos, alguns acusados de planos conspirativos contra o governo. Eles estão detidos em um edifício conhecido como Helicoide, que foi transformado em uma prisão do serviço de inteligência venezuelano e alvo de denúncias de torturas por organizações de direitos humanos.