De acordo com informações da gestão municipal, 12 dos 15 bairros da cidade foram afetados, representando 75% de toda a área urbana. Mais de 15 mil pessoas foram afetadas, sendo a quarta grande cheia do rio em apenas 12 anos. Pela primeira vez, a zona rural do município também foi impactada, deixando 617 famílias isoladas. Além disso, a Reserva Extrativista Chico Mendes, uma unidade de conservação de uso sustentável, sofreu com as consequências do incidente.
A prefeita Fernanda Hassen (PT) anunciou um plano em parceria com a Secretaria de Estado de Obras Públicas para mudar a sede da cidade para uma área mais segura. O projeto envolve a construção de habitações populares para os moradores que perderam tudo devido à cheia. A mudança de localidade pode afetar mais de 3.400 famílias e ainda não possui data de início prevista.
Autoridades, como os ministros Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional) e Marina Silva (Meio Ambiente e Mudanças Climáticas), realizaram visitas técnicas à região para avaliar os danos e oferecer suporte. O governador Gladson Cameli (Progressistas) alertou para a importância de medidas preventivas, considerando possíveis impactos futuros das mudanças climáticas.
Além disso, a cheia do rio Acre também afetou diversas comunidades indígenas da região, deixando aldeias submersas e isoladas. A falta de acesso e de ajuda humanitária tem agravado a situação dessas populações, que enfrentam dificuldades com doenças e a falta de água potável.
Diante desse cenário desafiador, autoridades locais e estaduais estão empenhadas em buscar soluções para mitigar os impactos da cheia e garantir a segurança e o bem-estar da população afetada. A solidariedade e a cooperação entre os órgãos governamentais e a sociedade civil são essenciais para enfrentar essa crise e promover a recuperação das áreas atingidas.