Berriel ressaltou que a equipe do CNDH não se sente intimidada pela população em situação de rua, mas sim pela polícia, que, segundo ela, diariamente lança bombas e agride essas pessoas como se fossem desumanas. Ela afirmou que a polícia foi em direção a eles e ela teve que se identificar para evitar ser presa, já que ousou tirar uma foto de um policial no momento em que eles estavam se preparando para uma operação contra a população em situação de rua.
A conselheira, que também é jornalista, explicou que tem o hábito de documentar tudo e, ao perceber que as agressões estavam prestes a acontecer, sentiu a necessidade de fotografar os agentes de segurança. Foi então que um deles a abordou e disse que ela não tinha o direito de fazer as fotos. Ela respondeu que poderia tirar fotos, pois estava em uma missão do CNDH. Após a resposta de Berriel, o agente se afastou com a equipe do local.
Virgínia Berriel contou que, logo após o incidente na Cracolândia, a equipe do CNDH seguiu para a Paróquia Nossa Senhora da Paz, na Liberdade, que realiza ações voltadas para imigrantes e refugiados. Durante o dia, eles cumpriram uma agenda com líderes do movimento das domésticas e da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Amanhã, os representantes do CNDH deverão se reunir com o padre Julio Lancellotti, e na sexta-feira, terão um encontro com lideranças do movimento da população em situação de rua.
A Agência Brasil entrou em contato com a Secretaria Municipal de Segurança Urbana, responsável pela GCM, para obter um posicionamento, mas aguarda resposta.