Os aplicativos de IA que geram imagens a partir de comandos de texto têm sido alvo de críticas, pois muitas vezes retratam as mulheres em situações menos qualificadas ou de maneira objetificada. Essas ferramentas se alimentam de bancos de dados que refletem os valores da sociedade, o que pode resultar na replicação e amplificação de comportamentos preconceituosos.
Um estudo da agência de notícias Bloomberg analisou milhares de imagens geradas por uma ferramenta de IA e descobriu que as mulheres raramente eram retratadas como médicas, advogadas ou juízas. Esse viés de gênero também foi observado em ferramentas de tradução de idiomas neutros, onde a IA atribuía gênero a profissões de forma estereotipada.
A falta de transparência nos algoritmos e bases de dados das IAs levanta preocupações sobre a perpetuação de preconceitos e estereótipos. É essencial que os usuários dessas ferramentas sejam críticos e exigentes, buscando educação digital que vá além do conhecimento operacional.
À medida que as aplicações de IA se tornam mais presentes em nosso cotidiano, é urgente discutir abertamente os problemas e potenciais dessas tecnologias. O Dia Internacional da Mulher pode ser uma oportunidade para refletir e debater sobre como enfrentar o viés de gênero perpetuado pelas IAs.
Em suma, é fundamental que a sociedade esteja atenta e atuante na cobrança por correções e na promoção de um uso ético e responsável da inteligência artificial, de modo a garantir que o espelho proporcionado por essas tecnologias não perpetue preconceitos de gênero, mas sim promova a diversidade e a igualdade.






