O Palácio do Planalto, juntamente com lideranças do Centrão, tentou evitar a ascensão de Caroline à presidência da CCJ, alegando que ela seria polêmica demais para o cargo. No entanto, o Partido Liberal manteve a indicação da deputada, que acabou sendo aprovada até mesmo por deputados petistas, como Rubens Pereira Jr e José Guimarães.
Caroline de Toni se comprometeu a ter uma gestão equilibrada e transparente à frente da CCJ, ouvindo todas as bancadas e respeitando os princípios de proporcionalidade e regimento interno da Câmara. Conhecida por seu trabalho em favor do Estatuto do Nascituro, projeto que proíbe o aborto em qualquer caso no país, a deputada enfrenta resistência por parte da esquerda.
Apesar das tentativas do governo de adiar a instalação dos colegiados, a abertura dos trabalhos das comissões seguiu conforme o planejado, demonstrando a importância política e influência interna desses cargos. Comandar as principais comissões da Câmara é um sinal de prestígio, e a CCJ, por exemplo, analisa todas as Propostas de Emenda à Constituição (PECs).
A eleição de Caroline de Toni para presidir a CCJ marca um momento de mudança e pluralidade na Câmara dos Deputados, onde a oposição terá voz ativa em um dos principais colegiados do legislativo brasileiro. Resta acompanhar de perto o desempenho da nova presidente e as repercussões políticas de suas decisões na Casa.