Mesmo reconhecendo avanços como o direito ao voto, a Lei Maria da Penha e a presença feminina na política e em outros setores, Paim ressaltou que ainda há muito a ser feito para garantir a igualdade de gênero e o fim do patriarcado no Brasil. Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública foram citados, mostrando que a cada seis horas e meia um feminicídio é registrado no país, e uma mulher é agredida a cada dois minutos. O senador chamou atenção para o fato de que 62% das vítimas de feminicídio são mulheres negras, evidenciando a interseccionalidade das violências enfrentadas por diferentes grupos de mulheres.
Paim também mencionou a discrepância de gênero no mercado de trabalho, onde a presença feminina diminui conforme o cargo aumenta. Ele destacou a importância de apoiar as mulheres em sua luta diária contra o preconceito, a discriminação e a violência. O senador ainda mencionou projetos de sua autoria que buscam promover a igualdade de gênero, como o PL 1.372/2021, que propõe regras e critérios igualitários entre homens e mulheres para questões salariais e de emprego de qualidade. Para Paim, reconstruir o país significa reconhecer, valorizar e garantir os direitos das mulheres, assegurando espaços de igualdade em todos os setores da sociedade. É fundamental dizer basta à indiferença e agir para acabar com a violência e o desrespeito enfrentados pelas mulheres no Brasil.