Transformação no Crime Organizado: Gangues Operam de Forma Diferente na América Latina em Meio a Mudanças Complexas

A América Latina está passando por uma forte transformação na forma como gangues do crime organizado operam na região. De acordo com especialistas consultados pela BBC News Mundo, serviço de notícias em espanhol da BBC, essa mudança vem sendo observada por várias organizações internacionais. Diversos fatores estão contribuindo para essa transformação, como a atual composição dos grupos criminosos, o tipo de negócios ilícitos em que estão envolvidos, a amplitude do território que atingem e o anonimato de muitos dos seus líderes.

Essas mudanças estão tornando o combate às organizações criminosas cada vez mais complexo para as autoridades. Segundo Douglas Farah, consultor especializado em segurança, a América Latina está passando por uma mudança significativa, comparável à queda do cartel de Cali na década de 1990, que causou um grande rearranjo no mundo do crime.

Uma das principais transformações identificadas por especialistas é a fragmentação da estrutura criminal. Atualmente, o crime organizado na região é formado por uma infinidade de grupos que atuam em alianças enraizadas em diversos países. Essa fragmentação torna o abastecimento mais eficiente e dificulta o trabalho da polícia.

Além disso, os grupos criminosos estão diversificando seus negócios ilegais, expandindo para áreas como tráfico de seres humanos, armas, prostituição, drogas sintéticas, falsificação de medicamentos, entre outros. Essa diversificação está ocorrendo em um contexto de fragilidade dos sistemas de segurança e judiciais, com a corrupção facilitando a atuação desses grupos.

Outra característica marcante é o anonimato dos líderes do crime organizado, que preferem se manter discretos e protegidos. Essa nova geração de traficantes aprendeu que a exposição pública é perigosa e opta por se manter no anonimato para evitar serem identificados e capturados pelas autoridades.

A expansão dessas gangues para países que antes eram considerados “ilhas de paz”, como o Equador, está gerando um aumento na insegurança e na criminalidade nessas regiões. Os países latino-americanos precisam se adaptar para lidar com esses novos desafios impostos pelo crime organizado internacional.

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