A ministra da Saúde, Nísia Trindade, alertou durante uma conferência magna sobre ciência, comunicação e o futuro da pesquisa científica da Cátedra Otavio Frias Filho de Estudos em Comunicação, Democracia e Diversidade, que a desinformação pode levar à morte e ao adoecimento. A ministra ressaltou os dilemas enfrentados pela comunidade científica durante a pandemia de Covid-19, destacando o papel da desinformação na promoção de desconfianças da população em relação às orientações sanitárias e à vacinação.
Durante o evento, que contou com a participação do reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior, e da vice-reitora Maria Arminda Arruda, a ministra abordou o tema do ataque à ciência e do negacionismo, avaliando que a pandemia evidenciou novas formas organizadas desse combate, com origem importante no negacionismo histórico-político. Ela ainda enfatizou que o ataque à ciência durante a pandemia teve uma carga política evidente no Brasil, sendo uma política de governo.
A ministra também ressaltou que a desinformação e o negacionismo são uma parte da explicação para a queda na cobertura vacinal no Brasil, que atingiu em 2021 o menor patamar em 20 anos, com apenas 59% da população vacinada, sendo que o índice preconizado pelo Ministério da Saúde é de 95%. Segundo ela, vacinas como a da Covid-19 e do HPV foram alvo de campanhas sistemáticas de negação.
Trindade alertou para a continuidade da Covid-19 no Brasil, destacando a existência de uma nova variante da doença no mundo. Ela informou que o Ministério da Saúde lançou uma campanha de multivacinação em agosto para crianças e adolescentes. A ministra ressaltou que a mudança de comportamento dos brasileiros em relação à vacinação não se explica apenas pelas campanhas de negação, mas também pela percepção de risco das pessoas.
Além disso, a ministra afirmou que os prospectos de futuras pandemias estão cada vez mais relacionados a questões climáticas. Ela destacou a necessidade de entender as dinâmicas de intersecção de patógenos, meio ambiente e modelos de desenvolvimento. Segundo ela, os desafios futuros da saúde estão não apenas em novas pandemias, mas também em emergências motivadas pelas mudanças climáticas, como grandes inundações, secas intensas e ondas de calor.
A ministra enfatizou ainda a importância das mudanças nos meios de comunicação e informação, que se tornam constitutivas da própria pandemia quando a população é mal informada ou tem acesso a notícias falsas. Ela destacou que os impactos da desinformação são imensos e ressaltou a necessidade de planos estratégicos de comunicação, tendo a saúde como um dos pilares mais importantes.
Nísia Trindade é a primeira mulher a chefiar o Ministério da Saúde no Brasil e também foi a primeira mulher a presidir a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), referência internacional em ciência e tecnologia. Durante a pandemia, sua atuação à frente da instituição foi considerada exemplar, sendo responsável pelo acordo feito com o governo federal e a AstraZeneca para a produção do imunizante contra a Covid-19 em parceria com a Fiocruz. A cátedra Otavio Frias Filho de Estudos em Comunicação, Democracia e Diversidade foi lançada em fevereiro de 2021, em homenagem ao jornalista Otavio Frias Filho, que liderou um importante projeto de modernização no jornal Folha de S.Paulo.
Durante o evento, que contou com a participação do reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior, e da vice-reitora Maria Arminda Arruda, a ministra abordou o tema do ataque à ciência e do negacionismo, avaliando que a pandemia evidenciou novas formas organizadas desse combate, com origem importante no negacionismo histórico-político. Ela ainda enfatizou que o ataque à ciência durante a pandemia teve uma carga política evidente no Brasil, sendo uma política de governo.
A ministra também ressaltou que a desinformação e o negacionismo são uma parte da explicação para a queda na cobertura vacinal no Brasil, que atingiu em 2021 o menor patamar em 20 anos, com apenas 59% da população vacinada, sendo que o índice preconizado pelo Ministério da Saúde é de 95%. Segundo ela, vacinas como a da Covid-19 e do HPV foram alvo de campanhas sistemáticas de negação.
Trindade alertou para a continuidade da Covid-19 no Brasil, destacando a existência de uma nova variante da doença no mundo. Ela informou que o Ministério da Saúde lançou uma campanha de multivacinação em agosto para crianças e adolescentes. A ministra ressaltou que a mudança de comportamento dos brasileiros em relação à vacinação não se explica apenas pelas campanhas de negação, mas também pela percepção de risco das pessoas.
Além disso, a ministra afirmou que os prospectos de futuras pandemias estão cada vez mais relacionados a questões climáticas. Ela destacou a necessidade de entender as dinâmicas de intersecção de patógenos, meio ambiente e modelos de desenvolvimento. Segundo ela, os desafios futuros da saúde estão não apenas em novas pandemias, mas também em emergências motivadas pelas mudanças climáticas, como grandes inundações, secas intensas e ondas de calor.
A ministra enfatizou ainda a importância das mudanças nos meios de comunicação e informação, que se tornam constitutivas da própria pandemia quando a população é mal informada ou tem acesso a notícias falsas. Ela destacou que os impactos da desinformação são imensos e ressaltou a necessidade de planos estratégicos de comunicação, tendo a saúde como um dos pilares mais importantes.
Nísia Trindade é a primeira mulher a chefiar o Ministério da Saúde no Brasil e também foi a primeira mulher a presidir a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), referência internacional em ciência e tecnologia. Durante a pandemia, sua atuação à frente da instituição foi considerada exemplar, sendo responsável pelo acordo feito com o governo federal e a AstraZeneca para a produção do imunizante contra a Covid-19 em parceria com a Fiocruz. A cátedra Otavio Frias Filho de Estudos em Comunicação, Democracia e Diversidade foi lançada em fevereiro de 2021, em homenagem ao jornalista Otavio Frias Filho, que liderou um importante projeto de modernização no jornal Folha de S.Paulo.