Aumenta para 39 o número de mortos por policiais na Baixada Santista, em um mês; investigações em curso.

No litoral do estado de São Paulo, na Baixada Santista, a violência policial tem sido um tema preocupante, com um total de 39 pessoas mortas desde o início de fevereiro. Os confrontos com a polícia resultaram em fatalidades, começando com a morte do policial militar Samuel Wesley Cosmo em Santos, durante uma operação de patrulhamento.

Na última quarta-feira (28), mais uma tragédia ocorreu quando um rapaz foi atingido por um tiro de arma de fogo durante um suposto confronto com os policiais em São Vicente. Infelizmente, a vítima não resistiu aos ferimentos e veio a falecer no dia seguinte. Isso elevou o número total de mortes para 39 desde o início do mês.

Um levantamento realizado pelo Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) revelou que hão ocorrido um total de 52 mortes em decorrência de intervenção policial nos primeiros dois meses do ano na Baixada Santista. Comparado ao mesmo período do ano anterior, houve um aumento alarmante, visto que em 2023 foram registradas apenas dez mortes.

As autoridades responsáveis pela segurança pública afirmam que todos os casos de mortes em confronto estão sendo investigados pela Polícia Civil e Militar, com supervisão do Ministério Público e do Poder Judiciário. A fim de colher depoimentos e investigar as operações policiais na região, uma comitiva está agendada para visitar a Baixada Santista neste domingo (3), com a presença de representantes da Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo, da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, ex-ministro de Direitos Humanos e outros membros de entidades da sociedade civil.

O aumento da violência policial na Baixada Santista tem gerado preocupações e críticas, especialmente após relatos de moradores locais denunciando execuções, tortura e abordagens violentas por parte da polícia. É fundamental que sejam adotadas medidas eficazes para evitar mais mortes e garantir a segurança e os direitos humanos da população local. A violência policial não pode ser tolerada e é preciso que as investigações sejam conduzidas de forma justa e transparente para evitar abusos e injustiças.

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