Emissões de carbono atingem recorde em 2023 devido a produção hidrelétrica declinante, alertam especialistas da AIE.

Segundo relatório divulgado recentemente, o aumento nas emissões de gases de efeito estufa no balanço de 2023 se deveu, em grande parte, ao declínio na produção hidrelétrica global. As secas severas e prolongadas que atingiram diversas regiões do mundo impactaram significativamente a geração de energia limpa, levando países como China, Canadá e México a recorrerem a formas mais poluentes de produção de energia, como óleo combustível e carvão.

A China, em particular, adicionou 565 milhões de toneladas de CO2 ao total global, mantendo seu crescimento econômico com alta intensidade de emissões, o que vai de encontro às economias consideradas avançadas. Estas viram suas emissões diminuírem em um índice recorde, mesmo com o crescimento do PIB, comprovando que é possível crescer economicamente sem aumentar a emissão de gases poluentes.

A Agência Internacional de Energia (AIE) destaca a importância das energias limpas, como as renováveis, na redução das emissões. O diretor executivo da AIE, Fatih Birol, ressaltou que a transição para a energia limpa está avançando rapidamente e contribuindo para a diminuição das emissões, mesmo com o aumento da demanda global de energia.

Para cumprir as metas estabelecidas pelo Acordo de Paris, as emissões de gases de efeito estufa devem cair 43% até 2030, em relação a 2019. A implementação de tecnologias-chave, como solar, eólica, nuclear, bombas de calor e carros elétricos, foi fundamental para conter o aumento nas emissões relacionadas à energia, que aumentaram em cerca de 900 milhões de toneladas de CO2 entre 2019 e 2023.

Apesar dos desafios enfrentados, a AIE destaca que sem a implementação dessas tecnologias-chave, o aumento nas emissões teria sido três vezes maior. A transição para energias renováveis é fundamental para garantir um futuro sustentável e combater as mudanças climáticas de forma eficaz.

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