O fenômeno das espécies exóticas invasoras é preocupante devido aos impactos nocivos que causam à biodiversidade, ao desenvolvimento sustentável e ao bem-estar humano. Essas espécies são introduzidas por ação humana, de forma intencional ou acidental, em locais fora de seu habitat natural, onde acabam se reproduzindo e desequilibrando ecossistemas.
O estudo identificou 476 espécies exóticas invasoras no Brasil, sendo a maioria proveniente da África, Europa e sudeste asiático. Entre os exemplos citados estão tilápia, javali, sagui, pínus, mamona e amendoeira-da-praia. O relatório aponta que o comércio de animais e plantas ornamentais e hortícolas é o principal meio de entrada dessas espécies no país.
Além dos impactos ambientais, as espécies invasoras também geram prejuízos econômicos significativos, que podem chegar a até US$ 105 bilhões em um período de 35 anos. O mexilhão-dourado, por exemplo, é responsável por afetar empreendimentos hidrelétricos e estações de tratamento de água, acarretando custos diários de limpeza que podem chegar a milhões de reais.
Diante desse cenário, os pesquisadores ressaltam a necessidade de uma gestão pública mais eficaz no controle e prevenção das espécies exóticas invasoras. Recomenda-se a publicação de listas oficiais dessas espécies, o desenvolvimento de atividades educativas e a regulamentação de setores produtivos para mitigar os impactos causados por esses invasores biológicos.
Portanto, torna-se imprescindível a implementação de políticas públicas que visem à conservação da biodiversidade e ao controle das espécies exóticas invasoras, de forma a garantir a sustentabilidade ambiental, econômica e social do Brasil.