Incêndios na Amazônia: Ministra aponta práticas agropecuárias como causa, mas cientistas alertam para o papel das mudanças climáticas e recorde de emissões de CO2.

A ministra do Meio Ambiente do Brasil, Izabella Teixeira, fez uma constatação preocupante sobre as causas dos incêndios na Amazônia. Segundo ela, os incêndios foram provavelmente iniciados por pessoas em suas práticas agropecuárias, como a queima de pastagem para limpeza. Essa afirmação foi reforçada pela diretora científica do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), Ane Alencar, em entrevista à Agência France-Presse (AFP).

Alencar também destacou que as mudanças climáticas têm um papel fundamental na ocorrência dos incêndios. Ela ressaltou que a Terra tem registrado recordes de temperatura a cada ano, o que tem gerado uma sinergia com os fenômenos climáticos e contribuído para a propagação do fogo na região amazônica.

Um exemplo citado foi a grave seca que atingiu a Amazônia entre junho e novembro do ano passado, resultando em incêndios florestais, redução da quantidade de água nos rios e devastação da fauna. O Ministério do Meio Ambiente do Brasil confirmou que os incêndios foram agravados pela estiagem prolongada, intensificada pela mudança do clima e por um dos El Niños mais fortes da história.

Além disso, o serviço europeu Copernicus divulgou um balanço que apontou um recorde de emissões de CO2 na região amazônica em fevereiro, com o Brasil, a Venezuela e a Bolívia contribuindo com quantidades significativas do gás poluente. Esses números evidenciam a urgência de medidas para combater as causas dos incêndios e minimizar os impactos das mudanças climáticas na maior floresta tropical do mundo.

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